Como o Anunnaki Enki apareceria na bíblia?

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11 de setembro de 2024

Como o Anunnaki Enki apareceria na Bíblia?

 

Para explorar a conexão entre as traduções de Zecharia Sitchin, os mitos sumérios e a Bíblia, é necessário entender as interpretações de Sitchin e como ele relaciona a figura de Enki aos personagens bíblicos.

Zecharia Sitchin e as Traduções Sumérias

Zecharia Sitchin era um pesquisador autodidata conhecido por teorias que ligam os Anunnaki (particularmente Enki) à criação da humanidade. Em seus livros, como O 12º Planeta, Sitchin argumenta que os textos sumérios não devem ser lidos apenas como mitos, mas como relatos históricos e científicos de uma civilização avançada vinda de outro planeta, Nibiru. Ele traduz diversos fragmentos de tabletes sumérios onde menciona os Anunnaki como “aqueles que do céu para a Terra desceram,” conectando-os aos antigos deuses sumérios e egípcios.

Enki e Sua Interpretação na Bíblia

Na mitologia suméria, Enki é um dos principais deuses Anunnaki, responsável pela criação e pelo conhecimento. Sitchin interpreta Enki como um protetor da humanidade que, em vários mitos, ensina aos humanos artes, agricultura e outras habilidades essenciais. Ele relaciona Enki com figuras bíblicas de modo especulativo, sugerindo que Enki poderia ter paralelo com certas entidades no Antigo Testamento.

Possíveis Conexões com Figuras Bíblicas:

  1. Enki e a História do Dilúvio: Sitchin aponta uma correlação entre Enki e a história do dilúvio bíblico. Na Epopeia de Gilgamesh, Enki ajuda Ziusudra (um “Noé” sumério) a construir uma arca para sobreviver ao dilúvio enviado por Enlil, que estava frustrado com o barulho dos humanos. Na Bíblia, o dilúvio é associado a Yahweh, mas algumas tradições sugerem que Enki seria uma figura próxima do Deus que salva Noé, proporcionando uma conexão simbólica de proteção e compaixão.
  2. Enki como “Serpente do Conhecimento”: Em outra interpretação, Sitchin sugere que Enki pode representar a “serpente” da árvore do conhecimento no Éden. Enki era conhecido como um deus do conhecimento e da água doce, ambas imagens presentes na Bíblia (a “serpente” que oferece sabedoria e a água como símbolo de vida e pureza). Sitchin propõe que a serpente poderia simbolizar Enki, que tentou elevar a humanidade, contrariando outros deuses ou autoridades, como Enlil.
  3. Enki e Promessa Divina: Na Bíblia, certos aspectos como a aliança com Abraão e o perdão aos homens são atribuídos a um Deus compassivo. Enki tem um papel similar na cultura suméria, agindo como protetor da humanidade, intercedendo junto aos outros deuses e impedindo a extinção humana em várias ocasiões. Sitchin sugere que Enki poderia representar uma faceta do Deus compassivo, em oposição ao Deus severo representado por Enlil.

Anunnaki e o Antigo Testamento

Os Anunnaki, como descritos por Sitchin, também teriam conexões com o Antigo Testamento. Ele sugere que os “Nephilim” mencionados no Gênesis, descritos como “os gigantes que habitavam a Terra” ou “os filhos de Deus que se uniram com as filhas dos homens,” seriam os próprios Anunnaki. Essa interpretação se baseia na tradução da palavra “Nephilim” como “aqueles que caíram do céu,” uma ideia semelhante à descrição dos Anunnaki sumérios.

Críticas e Recepção

As teorias de Sitchin são amplamente criticadas pela falta de respaldo acadêmico, já que muitos estudiosos consideram que ele forçou traduções e interpretou de maneira anacrônica os textos antigos. Contudo, suas ideias alimentaram o interesse público pela mitologia suméria e suas possíveis conexões com a Bíblia, resultando em discussões sobre a influência dos mitos mesopotâmicos nas escrituras judaico-cristãs.

Assim, enquanto as ligações entre Enki e personagens bíblicos permanecem especulativas, a visão de Sitchin popularizou a ideia de que as antigas mitologias podem ter impactado diretamente a forma como as religiões modernas interpretam suas próprias histórias de criação e destruição.

 

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